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Curiosidades & História / Re: Porto palavras com História
« Última mensagem por casconha em 10/04/2025, 19:41 »

Só quem é do Norte sabe o que é TER UMA ÚRSULA (ou uma URSA) no estômago!



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Especialistas alertam para o impacto da perda auditiva não tratada
Para assinalar o Dia Mundial da Saúde, que se assinala hoje, especialistas alertam para as graves consequências da perda auditiva não tratada.

Saúde & Bem-Estar
7 Abril 2025
Sandra M. Pinto

Estudos recentes demonstram um impacto significativo muito além da dificuldade em ouvir, em diversas áreas da saúde, incluindo a cognitiva, emocional e social.

A experiência mais comum é uma capacidade reduzida de compreender outras pessoas, especialmente em situações ruidosas, o que pode afetar a forma como a pessoa interage com a família e com os amigos, dificultando a aprendizagem na escola e/ou o desempenho das suas funções no local de trabalho. Mas quando não tratada atempadamente, a perda auditiva pode levar a um declínio cognitivo acelerado, aumentando, por exemplo, o risco de demência e doença de Alzheimer.

A dificuldade em ouvir implica um esforço extra do cérebro, que se vê obrigado a compensar a falta de informação sonora. Esse esforço excessivo desvia a atenção e a capacidade mental de outras funções cognitivas essenciais.


“A audição é um sentido vital para a nossa conexão com o mundo e para a manutenção da nossa saúde cerebral,” afirma Carla Antunes, audiologista da Widex. “Ignorar a perda auditiva é negligenciar a saúde do nosso cérebro e aumentar o risco de problemas cognitivos a longo prazo.”

Além do impacto cognitivo, a perda auditiva não tratada pode levar a:

Isolamento Social: A dificuldade em participar em conversas e atividades sociais pode levar ao isolamento e à solidão, aumentando o risco de depressão e ansiedade.
Problemas de Saúde Mental: A frustração e o stress causados pela dificuldade em ouvir podem contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental.
Fadiga, dores de cabeça e exaustão: O esforço constante para ouvir (especialmente em ambientes de grupo) pode levar à fadiga, exaustão e desenvolvimento de cefaleias, o que afeta a qualidade de vida.
Risco Aumentado de Quedas: A perda auditiva pode afetar o equilíbrio e a consciência espacial, aumentando o risco de quedas, especialmente em idosos.
Para além disso, é possível relacionar também a perda auditiva com uma maior tendência para sofrer de hipertensão, insónias, vertigens, tensão muscular, stress e disfunção sexual.


De acordo com a audiologista “É fundamental que as pessoas estejam conscientes dos sinais de perda auditiva e procurem ajuda profissional o mais cedo possível. Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado, assim como o uso de aparelhos auditivos adequados, podem prevenir muitas das consequências negativas associadas à perda auditiva não tratada.”

Aproveite este dia para repensar a sua saúde. Se sente que tem dificuldades auditivas, atue aos primeiros sinais e não adie mais. Procure aconselhamento profissional e/ou marque um exame auditivo.

Fonte: https://foreveryoung.sapo.pt/especialistas-alertam-para-o-impacto-da-perda-auditiva-nao-tratada/
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Marco de Canaveses: Cercimarco promoveu torneios desportivos com 90 utentes no Dia da Atividade Física
Encontro “Bola P’ra Frente” celebrou a inclusão social através do boccia e futsal


A Cercimarco CRL promoveu esta sexta-feira, 4 de abril, a quinta edição do encontro desportivo “Bola P’ra Frente”, no Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária do Marco de Canaveses, reunindo 90 utentes em atividades de boccia e futsal.

A iniciativa foi realizada no âmbito da celebração do Dia Mundial da Atividade Física, que se assinala oficialmente a 6 de abril, e teve como objetivo promover o bem-estar físico, emocional e social, através da prática desportiva e da valorização da inclusão social.

https://asset.skoiy.com/averl1d84frvz2zb/dzus8ajrvoxp.jpg
Participação alargada de instituições da região
Além da Cercimarco, o evento contou com a participação de várias instituições do Norte do país, nomeadamente a Apadimp, Emaús – Associação de Apoio ao Deficiente Mental, Associação de Solidariedade Social Espadanedo, Santa Casa da Misericórdia de Baião e Appacdm de Castelo de Paiva.

As competições proporcionaram momentos de convívio e superação, onde o espírito de equipa e o fair-play estiveram em destaque, reforçando o papel do desporto como ferramenta de inclusão.

https://asset.skoiy.com/averl1d84frvz2zb/bis8g1pdty1q.jpg
Jovens e autarcas apoiam a iniciativa
A organização contou com o apoio da turma TD22 do Curso Técnico de Desporto da Escola Secundária do Marco de Canaveses, cujos alunos colaboraram na dinamização das atividades, reforçando o envolvimento da comunidade escolar no apoio a iniciativas de responsabilidade social.

A cerimónia de entrega de prémios contou com a presença dos vereadores Clara Marques e Pedro Pinto, em representação da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, que enalteceram a importância deste tipo de eventos para a promoção da igualdade de oportunidades e do desporto acessível a todos.

O encontro “Bola P’ra Frente” voltou a afirmar-se como um exemplo de boas práticas na inclusão pelo desporto, reforçando o compromisso da Cercimarco e dos seus parceiros com o desenvolvimento de uma sociedade mais participativa e solidária.


Fonte: https://averdade.com/831037646/marco-de-canaveses-cercimarco-promoveu-torneios-desportivos-com-90-utentes-no-dia-da-atividade-fisica/
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Tipos de Doenças / Re: Parkinson
« Última mensagem por Nandito em 10/04/2025, 11:38 »
Estudo destaca que mulheres são “frequentemente subdiagnosticadas” na doença de Parkinson

J.M.A
10 abr 2025 11:29



Freepik

“As diferenças de sexo e género na doença de Parkinson têm um impacto significativo na progressão da doença, na resposta aos tratamentos e na qualidade de vida dos pacientes”. Estas são algumas das conclusões de um estudo “que contou com a participação de investigadores da Egas Moniz School of Health & Science.

"O estudo 'Using a sex- and gender-informed lens to enhance care in Parkinson’s disease', reforça a necessidade de uma abordagem personalizada no tratamento da doença, especialmente no que diz respeito às mulheres, que enfrentam desafios específicos muitas vezes negligenciados", lemos em comunicado emitido pelo Egas Moniz School of Health & Science.

A investigação revela que as mulheres com Parkinson apresentam um início de sintomas motores mais tardio, sendo mais propensas a desenvolver uma variante da doença dominada por tremores. Além disso, têm um risco aumentado de desenvolver discinesias - movimentos involuntários e descontrolados - induzidas por levodopa e de experimentar uma progressão mais rápida dos sintomas. Foi também observado que fatores hormonais, como a menopausa e a exposição à terapia de reposição hormonal, desempenham um papel relevante na doença, embora ainda haja incerteza sobre o seu impacto na progressão e na gravidade dos sintomas.

O estudo destaca o impacto psicossocial da doença, referindo que as mulheres são frequentemente subdiagnosticadas e enfrentam maiores dificuldades no acesso a tratamentos especializados. O estigma e as expectativas de género contribuem para um atraso na procura de ajuda médica, prejudicando o bem-estar e a qualidade de vida das doentes.

“Os resultados evidenciam a necessidade de desenvolver estratégias de saúde adaptadas ao género para garantir que as mulheres com Parkinson recebem um acompanhamento médico adequado e eficaz. Isto inclui desde ajustes na medicação até à criação de programas de apoio específicos”, afirma Josefa Domingos, investigadora e professora na Egas Moniz School of Health & Science.

Os investigadores concluem que é essencial que as diferenças de sexo e género sejam tidas em conta no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e na formulação de políticas de saúde pública. Além disso, reforçam a necessidade de maior formação para profissionais de saúde, de forma a garantir um atendimento mais equitativo e eficaz a todos os pacientes com Parkinson.

A Egas Moniz School of Health & Science desenvolve e participa em projetos como o Programa de treino em trampolins para prevenção de quedas (Bounce Back); Jumpyard, o BOUNCE o programa de treino de escalada para Parkinson (Climb-On); o programa de treino de Boxe (Punching Back Parkinson); programa de reeducação da escrita (Handwriting rehabilitation for Parkinson) e o NUTRISPARK, que visam compreender e intervir em diferentes aspetos motores e não motores relacionados com a da doença.

Aquela instituição participa em iniciativas como o InflamaSPark, que investiga biomarcadores intestinais para a identificação precoce da condição, e o GutSPark, que estuda a relação entre a microbiota e a saúde neurológica.







Fonte: lifestyle.sapo.pt                        Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/estudo-destaca-que-mulheres-sao-frequentemente-subdiagnosticadas-na-doenca-de-parkinson?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
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PATA, o projeto de Gaia que aposta na adoção ponderada de cães e gatos

Lusa
10 abr 2025 09:10




Vila Nova de Gaia, Porto, 10 abr 2025 (Lusa) -- A Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal (PATA), projeto de Vila Nova de Gaia que acolhe os cães e gatos recolhidos pelo município, tenta há quatro anos equilibrar o desafio da lotação e a sensibilização para a adoção ponderada.

"Quando a PATA abriu em 2021, em 15 dias ficou cheia. Passámos de umas jaulinhas no CRA [Centro de Recolha Animal] para uma quantidade muito maior. Aumentar o número de jaulas ajuda um bocadinho na gestão do alojamento, mas não resolve o problema nem aqui nem em outros canis", descreve a médica veterinária Daniela Barbosa.

Atualmente, a PATA tem mais de 150 animais adultos e seniores à espera de uma adoção que os responsáveis desejam que seja "consciente e responsável" porque nesta plataforma -- onde até já morou um porco vietnamita que foi abandonado nos gardins do Gaia Shopping e encontrou lar com uma família que vive numa quinta -- existem muitas histórias felizes, mas também tristes.

"O problema [da lotação] tem de ser resolvido junto da população na sensibilização sobre a esterilização dos animais, o controlo populacional, e o abandono (...). Insistimos muito na ideia de que as adoções têm de ser conscientes e responsáveis. A decisão de ter um animal não pode ser leviana", defende a veterinária.

É por ter esta filosofia que a PATA não permite visitas vulgares ao canil, nem faz campanhas de adoção em julho, agosto e dezembro, períodos associados a férias e festas.

"Os animais não são um presente", diz a veterinária que, quando ouve frases como "eu vinha só para ver", responde "meio a brincar": "Isto não é um jardim zoológico".

Na PATA, as visitas para adoção são planeadas, ou seja, quem chegar às instalações para adotar um animal é convidado a regressar no dia seguinte e, no caso dos cães, a preencher um questionário que ajuda a equipa a pré-selecionar os candidatos ao novo lar.

"Esse tempo de espera, mesmo que seja de 24 horas, é o tempo suficiente para as pessoas caírem na realidade. Quem quer, vem e, quem está na dúvida, não vem. Assim, conseguimos que a taxa de sucesso seja muito superior ao que era anteriormente", explica Daniela Barbosa.

Procedimentos à parte, no "grande dia", a família que deseja levar um gato para casa convive com os felinos, quer os saudáveis, quer os que têm imunodeficiência felina, numa sala de socialização onde estes são diariamente soltos

No caso dos cães, através do questionário pré-adoção a equipa "estuda" a família, se tem crianças se não tem, se tem idosos ou não, se o novo lar é uma casa ou um apartamento, se procuram um cão adulto ou um cão bebé, e o auditório da PATA serve de sala de socialização, sendo apresentados três ou quatro animais.

"Normalmente, o primeiro conquista a família", conta a veterinária.

A PATA tem cerca de 36 mil metros quadrados. O investimento municipal no espaço rondou os 1,3 milhões de euros.

Em 2020, ainda no CRA, foram adotados 165 cães e 91 gatos. No primeiro do ano do PATA 145 cães e 121 gatos e, no ano passado, foram 146 os cães adotados e 225 os gatos.

O município de Gaia oferece vacinação, identificação eletrónica e desparasitação/esterilização.

O período de adaptação após adoção é de 20 dias, ou seja, nesse período, a família pode devolver o animal. Após esse prazo, é cobrada uma taxa de devolução "simbólica".

"Claro que preferimos que devolvam o animal e este não seja maltratado ou abandonado. Mas essa família não adota mais aqui", aponta Daniela Barbosa.

Dourado, um cão sem raça -- "difícil de trabalhar porque, por ter sido assilvestrado de matilha, ainda que não tivesse comportamentos agressivos, retraía-se" -- é uma das histórias felizes recentes da PATA. Chegou a Avintes com pouco mais de 1 ano e ali permaneceu durante 10 anos. Foi adotado no final de março por uma pessoa que resgata animais dos mais antigos ou dos mais idosos, para lhes poder dar um resto de vida digno e confortável.

Já o Kiwi (8 anos), um gato "muito peculiar e muito sociável que se tornou a mascote da parte clínica" e que terá ficado sem cauda na rua, arrancada por um cão ou presa em algum sítio, "apaixonou" uma família que o quis levar para casa e garantiu que nunca o devolveria.

"Aos 23 ou 24 dias, voltaram. 'O gato mia muito'. 'O gato esconde-se'. 'Não sentimos ligação com este gato'. Eu engoli e disse 'nem este, nem outro. É um gato, um gato mia'. As pessoas querem as coisas resolvidas numa semana e não é assim. São animais e os animais têm de ser respeitados no tempo e no espaço", conta a veterinária.

Sobre o abandono, há dois anos na PATA, e com experiência numa clínica privada dedicada a animais de companhia, Daniela Barbosa acredita que o verão já foi mais crítico. Atualmente, assiste mais a situações de pessoas que vão trabalhar para fora e, só no dia anterior à viagem, decidem entregar o animal. Também recebe pedidos de famílias onde um familiar com animais morre.

"Não podemos aceitar. A nossa prioridade são os animais que estão feridos na via pública, os animais que não têm um dono, um detentor. Não podemos priorizar animais com detentores. Esses têm uma família anexa. Esse animal faz parte de uma herança. É da responsabilidade dessas pessoas arranjar uma solução e não olhar para o canil como um local para o deixar", explica.

Somam-se situações relacionadas com síndrome de Noé (acumulação), pessoas que negligenciam os animais, porque deixam de ter noção que lhes falta a capacidade de cuidado.

"E já apareceram ninhadas de gatos, gatos adultos dentro de uma transportadora ou cães adultos presos ao poste de eletricidade no exterior das instalações. E já atiraram cães pela parte mais baixa do muro", acrescenta.

Com cerca de 20 pessoas desde médicos e enfermeiros veterinários, ao secretariado e receção, auxiliares de veterinária e tratadores, a PATA trabalha diariamente em colaboração com a Polícia Municipal e com o Batalhão de Sapadores de Bombeiros de Vila Nova de Gaia.

No sábado, o quarto aniversário será assinalado com uma "Cãominhada", iniciativa marcada para as 10:00 no Parque São Paio. A inscrição é um donativo de alimentos e bens essenciais destinada a apoiar associações do município.

 

*** Paula Fernandes Teixeira (texto) e José Coelho (fotos), da agência Lusa ***

PFT/IZSA/MZSC // LIL

Lusa/Fim






Fonte: sapo.pt                          Link: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/pata-o-projeto-de-gaia-que-aposta-na-adocao_67f77deb94bcee0f10ea48f5
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Anedotas / Manuel, eu não quero mais ter filhos!
« Última mensagem por casconha em 09/04/2025, 20:35 »


A Maria, depois do quarto filho, reclama com Manuel:
- Manuel, eu não quero mais ter filhos!
- Por quê?
- Eu não quero chineses aqui em casa!
- Chineses?
- É, você nunca ouviu dizer que de cada cinco crianças que nascem no mundo, uma é chinesa?

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FC Porto (Desporto adaptado): Seis medalhas no Torneio de Novos Talentos de boccia


07-04-2025 12:04 | Desporto

No Torneio de Novos Talentos de boccia, que reuniu no Centro Escolar da Estação, na Maia, atletas das várias categorias de formação, todos os representantes do FC Porto subiram ao pódio. O clube arrecadou, no total, seis medalhas.

A competir na vertente de sub-21, Dinis Monteiro conquistou o ouro e Matilde Cardoso foi medalhada de bronze em BC1, Raquel Cruz e Leonor Oliveira ficaram em segundo e terceiro lugar, respetivamente, na classe BC2, e Lara Castro subiu ao posto mais alto da classificação em BC3. Nos sub-13, Samuel Borges ultrapassou a concorrência no misto BC1/BC2/BC5 e levou para casa o ouro.


Fonte: Porto Canal
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Acção Social / APN - Associação Portuguesa de Neuromusculares
« Última mensagem por Fisgas em 09/04/2025, 16:49 »
APN - Associação Portuguesa de Neuromusculares
 


Hoje, a convite da Direção da Andar - Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide, participamos nas suas XXV Jornadas associando-nos às celebrações do seu 30º aniversário.
Com um programa muito vasto e diversificado, o dia vai permitir aprofundar a relação da saúde com outras áreas da governação, decisivas para que a pessoa com doença seja sempre considerada como o centro das atenções quando se discute saúde, e não necessariamente apenas a doença.
O Serviço Nacional de Saúde tem desafios para vencer que superam o imaginável. Para que sejam ultrapassados, são necessários todos os agentes que possam impulsionar a mudança.
A APN - Associação Portuguesa de Neuromusculares estará sempre disponível para contribuir para essa mudança.
Obrigado pelo convite.


Fonte: APN
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Mobilidade reduzida. Obstáculos nos transportes públicos são uma constante para Cesaltina, Gerson e Rúben

MadreMedia / Lusa
9 abr 2025 15:26

Mobilidade Reduzida
Circulação ferroviária interrompida à noite a partir de hoje entre Cais do Sodré e Algés
Atualidade · 7 abr 2025 07:01

Festival Kalorama vai ter acompanhamento gratuito para pessoas com deficiência

Cesaltina, Gerson e Rúben têm mobilidade reduzida e os obstáculos nos transportes públicos da área de Lisboa são uma constante que os obriga a viver com uma antecedência que não é exigida a outras pessoas.

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Rúben Portinha, 37 anos, cego. Vive no concelho de Sintra e utiliza regularmente os transportes públicos. Para frequentar os treinos de goalball, tem de apanhar autocarro, comboio e metro, numa viagem que dura cerca de hora e meia e inclui vários obstáculos, 11 de fevereiro de 2025. (ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 09 DE ABRIL DE 2025). ANDRÉ

ANDRÉ KOSTERS/LUSA
Gerson Rodrigues, de 40 anos e tetraplégico desde os 22, reduz as deslocações às obrigações profissionais e, mesmo assim, é frequente ter de fazer na cadeira elétrica os quatro quilómetros de distância até ao trabalho, desgastando pneus e baterias de um equipamento que custa milhares de euros.

Isto porque fica em terra “com muita frequência” quando tenta apanhar o autocarro que o levaria de casa, na Alta de Lisboa, a Alvalade.


Foi o que aconteceu quando a Lusa o acompanhou: em dois autocarros, um não tinha rampa e no outro estava avariada.

Falta de manutenção nos equipamentos é o diagnóstico de Gerson, que apresenta regularmente queixa, anexando fotos e vídeos que atestam o que relata.

A resposta é sempre a mesma, com a Carris a dizer que vai melhorar. Enquanto isso, Gerson vai levando com os “comentários bastante desagradáveis” dos passageiros forçados a sair do autocarro quando a rampa encrava, ao ser acionada.

“Pago um passe de 40 euros […] e não consigo usufruir o mesmo dos outros utilizadores. Sinto-me um bocado frustrado […], quando estou na paragem com outros utentes. As pessoas entram, vão à sua vida […] e eu fico na paragem, porque não consigo entrar, por causa das rampas”, nota.

Os problemas não são exclusivos dos autocarros. Para o comboio é exigida uma antecedência de pelo menos seis horas nos pedidos e fica-se a depender de outros para colocar a rampa. “Se, de repente, decidir que quero ir à praia, por exemplo, de Cascais, não consigo”, refere Gerson.

Também não pode contar muito com o metro, “por causa dos elevadores”, frequentemente avariados.


“Saio daqui [do trabalho] e vou direto para casa. Raramente saio e vou a algum outro sítio, porque sei que já estou a arriscar a não conseguir um transporte acessível para voltar para casa”, explica, relatando que a partir do fim da tarde é “praticamente impossível apanhar um táxi adaptado”.

Este é o meio de transporte preferido de Cesaltina Sousa, que reconhece a sorte de ter apoio financeiro da escola profissional onde estuda para as deslocações.

“É muito mais prático, porque não preciso de me preocupar se tem rampa, se não vou ter transportes, sei que é sempre assegurado”, diz a jovem com deficiência motora.

Todos os dias à mesma hora, o taxista Marco recolhe-a em casa, na zona oriental de Lisboa, abre a bagageira e coloca as rampas de acesso para a sua cadeira de rodas subir a bordo.

Quando Cesaltina recorre a outros transportes públicos “são mais as vezes” em que não consegue deslocar-se. “Nunca sei qual é que é o autocarro que tem rampa ou que tem a rampa a funcionar”, conta, certificando a falta de informação em tempo real.

“Mesmo com antecedência, vai sempre acontecer um imprevisto, que é o que me acontece muitas vezes quando vou sair”, lamenta.

E da rua para casa a situação não melhora. Os três elevadores que dão acesso ao apartamento no segundo andar onde vive “estão sempre a avariar” e a sua cadeira só entra num deles.

A Gebalis, empresa pública que gere os bairros municipais de Lisboa, está a par da situação, mas há anos que Cesaltina espera a transferência para um rés-do-chão. Houve uma altura em que esteve quase um mês sem conseguir ir às aulas, relata, admitindo desmotivação.


A cegueira de Rúben Portinha não o obriga a comunicações antecipadas, mas os obstáculos são igualmente muitos no percurso de autocarro, comboio e metro que faz todas as semanas para ir treinar goalball, modalidade paralímpica desenvolvida exclusivamente para pessoas com deficiência visual.

É uma hora e meia de gincana até ao Estádio de Alvalade. A dificuldade começa logo à saída de casa, na Abrunheira, concelho de Sintra, onde é mais seguro seguir pelo meio da estrada, porque os passeios são irregulares e estreitos e estão ocupados por carros mal estacionados e contentores do lixo que impedem a passagem.

Se fecharmos os olhos não sabemos para onde vai o autocarro da Carris Metropolitana que acaba de chegar. “Os principais obstáculos têm a ver sempre com a sinalização sonora, quer da chegada do autocarro, [quer] do respetivo número da carreira e destino”, identifica Rúben.

Sabendo disso, o atleta e músico de 37 anos coloca-se “mais visível” na paragem, ainda que isso implique estar à chuva e ao vento e não garanta que os motoristas parem.

Dentro do autocarro, o monitor está ligado e passa informações várias, mas sem som, pelo que será impossível a Rúben saber a quantas anda. “Tenho que perguntar ao motorista, portanto, acabo por perder alguma autonomia”, considera.

No caso, é um percurso que conhece bem e quem não vê desenvolve estratégias de orientação mais apuradas, que incluem lombas, curvas e retas: “O problema é que passamos uma viagem em tensão, estamos sempre muito atentos e muito concentrados no trajeto para tentarmos sair no local certo.”


Na estação de Algueirão-Mem Martins, a maior dificuldade será dar com a porta do comboio. “Também é uma questão de sorte […] em que carruagem é que entramos e se apanhamos ou não apanhamos a voz a funcionar”, acrescenta.

Apesar de ter começado com atraso, a indicação surge certa na paragem de Entrecampos, estação onde o que sobeja em pessoas falta em referências no chão. “Há cada vez mais gente que parece que vê menos do que eu… Já aconteceu em ‘n’ casos as pessoas virem na minha direção e não sei se estão à espera que seja eu a desviar-me…”, comenta.

Rúben sai na estação do Campo Grande, em dia de jogo do Sporting em casa. Mais gente igual a mais barulho e maior dificuldade em orientar-se. Sobe as escadas até às portas do estádio, que contorna, até chegar ao pavilhão onde treina.

Todo o aparato montado em dia de jogo — baias de segurança, vendedores ambulantes, ruído de sirenes e cornetas — atrapalha o percurso até ao destino. Quando finalmente lá chega, o aquecimento está feito.

Transportes em Lisboa reportam poucas queixas sobre acessibilidade, mas prometem melhorias

Os operadores de transportes públicos em Lisboa reportam poucas queixas sobre acessibilidade, mas garantem estar a trabalhar na melhoria dos serviços.

Qualquer pessoa que recorra a transportes públicos no dia a dia depara-se com elevadores e escadas rolantes avariados e com uma regular falta de informação sonora, que tem impacto na vida de todos, mas especialmente de quem tem mobilidade reduzida.

A Lusa acompanhou as deslocações de três pessoas nessa situação, que utilizaram o metro, o comboio e o autocarro, e depois questionou as principais empresas de transportes públicos em Lisboa sobre as acessibilidades dos serviços que prestam.


O Metropolitano de Lisboa lidera as reclamações, com 525 queixas sobre escadas mecânicas e 420 sobre elevadores em 2024, mais do que no ano anterior. “Este aumento deve-se, sobretudo, ao crescimento do número de equipamentos temporariamente inoperacionais devido a intervenções de substituição e modernização”, justifica a empresa, em resposta à Lusa.

Ainda assim, ressalva, os elevadores registaram em 2024 um índice médio de disponibilidade de 85%.

À data de 18 de fevereiro, nove estações do Metro apresentavam “zonas sem som, prejudicando a transmissão de mensagens sonoras aos passageiros”, o que se deve, “essencialmente, à antiguidade dos equipamentos e às consequentes falhas de ‘hardware’, cuja reparação tem sido condicionada pela dificuldade na obtenção e aprovisionamento de peças de substituição”.

O plano de modernização em curso prevê que, até 2026, 93% das estações do Metro tenham acessibilidade plena.

Atualmente, os clientes pedem a utilização da rampa a um agente na entrada da estação. O funcionário acionará os procedimentos necessários para que, no destino, outro agente esteja à espera do passageiro com a rampa pronta para facilitar a saída do comboio. “Com a entrada em serviço do novo material circulante, esta necessidade será eliminada, uma vez que os novos comboios terão o piso nivelado com o cais, permitindo o embarque e desembarque de cadeiras de rodas elétricas sem assistência adicional (os utilizadores de cadeiras de rodas manuais não necessitam de rampas de acesso aos comboios)”, destaca a empresa.


A Carris, serviço de transporte público rodoviário da cidade de Lisboa, recebe anualmente uma média de 160 queixas sobre manutenção ou avaria de rampas de acesso – situação que a Lusa verificou no terreno, ao acompanhar um homem que se desloca em cadeira de rodas elétrica.

A transportadora reconhece “a existência de situações pontuais nestes equipamentos”, garantindo que “está muito empenhada em melhorar as condições de acessibilidade” e que está “a implementar procedimentos internos de fiscalização mais ágeis e frequentes”.

Segundo a Carris, a totalidade da frota de autocarros e elétricos dispõe de piso rebaixado, mas ainda há 20% que não têm rampa de acesso. Essa “frota mais antiga” está “progressivamente” a sair da operação e todas as aquisições têm em conta a acessibilidade, asseverou.

A Carris tem também um serviço especial de cinco autocarros adaptados, a que se deverão somar outros três até 2028, serviço que requer marcação prévia.

Já a Carris Metropolitana, rede de transporte público rodoviário de toda a Área Metropolitana de Lisboa, garante que 99,3% dos mais de 1.600 veículos que tem a operar estão equipados com rampas ou sistemas similares, cuja operacionalidade “é praticamente total”.

Além disso, “todos os veículos afetos à frota” estão equipados com informação sonora no interior, que anuncia a aproximação das paragens. Sobre o facto de a Lusa ter feito uma viagem acompanhando uma pessoa cega num autocarro com a informação sonora desligada, a empresa atribuiu ao motorista do veículo a responsabilidade de acionar esse sistema.


Também em resposta à Lusa, a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), que coordena a rede de transportes coletivos da área metropolitana e detém a marca Carris Metropolitana, referiu que está a trabalhar num plano de acessibilidade para pessoas com deficiência, neste momento em fase de diagnóstico.

Em 2024, a TML registou 24.038 reclamações, 83 das quais sobre acessibilidade, sendo que apenas oito “diretamente relacionadas com mobilidade reduzida”.

A empresa garante que exerce “pressão” sobre os operadores responsáveis pela operacionalidade das rampas e que monitoriza o serviço de transporte no terreno.

Já sobre avisos sonoros exteriores, que facilitariam a acessibilidade de pessoas cegas ou com baixa visão, a TML remete para os “limites rigorosos” da emissão de ruído em espaços públicos.

A CP - Comboios de Portugal recebeu 20 queixas em 2024, ano em que o número de estações acessíveis aumentou de 139 para 216, reconhecendo, porém, “falhas pontuais no sistema de avisos sonoros” a bordo das carruagens, que “estão identificadas”.

O Serviço Integrado de Mobilidade – que exige marcação prévia (pelo menos seis horas de antecedência) para pessoas em cadeiras de rodas e está condicionado “às estações e comboios que já se encontram adaptados para o efeito” – registou 4.657 pedidos em 2024, um aumento de 27% face ao ano anterior.

Em resposta à Lusa, a CP assinala a intenção de “reduzir e eliminar, no futuro”, a necessidade de marcação.

Nos percursos de longo curso, o serviço Alfa Pendular dispõe apenas de dois lugares por comboio para clientes em cadeira de rodas, enquanto o Intercidades só transporta pessoas em cadeira de rodas manual e “desde que esta se possa fechar”.


Já sobre os acessos às plataformas, cabe à Infraestruturas de Portugal (IP) dar resposta: com base em dados recolhidos em 14 de fevereiro, 12 equipamentos eletromecânicos, num total de 471, estavam parados, “com avaria superior a cinco dias”.

Estimando uma taxa de 2,5% de avarias nos elevadores, a empresa atribui “99% dos problemas” nestes equipamentos a “mau uso e atos de vandalismo”.

Em 2024, a IP recebeu 55 reclamações relativas a acessibilidades em estações ou apeadeiros, cerca de 5% do total de queixas sobre o serviço ferroviário.

Além destes transportes, existem 50 táxis licenciados pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) para transportar pessoas com mobilidade reduzida (entre os mais de 3.000 táxis da cidade).

Porém, as operadoras de táxi sublinham a ausência de fiscalização das licenças e a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) insta a autarquia a identificar “quantas destas estão a ser indevidamente usadas em transportes regulares” e também a “avaliar a necessidade” de aumentar essa frota especial.

Em resposta à Lusa, a CML recorda que “os táxis adaptados devem dar prioridade aos serviços solicitados por pessoas com mobilidade reduzida e seus acompanhantes” e adianta que está “em fase de estudo um novo regulamento” do exercício da atividade no município, que procurará “reforçar o controlo das condições dos veículos adaptados a pessoas de mobilidade reduzida, bem como da prestação de serviços solicitados”.

Ainda que não haja valores exatos sobre o número de táxis MR – Mobilidade Reduzida em Portugal (a CML não dispõe de informações sobre a procura), a FPT confirma que “a maior parte dos municípios não dispõe de viaturas licenciadas” para o efeito. Aliás, na Área Metropolitana de Lisboa, “apenas estão licenciadas viaturas em sete dos 18 municípios”, originando deslocações iniciadas fora do concelho, "o que implica um agravamento dos preços”, nota.


Na avaliação da FPT, o número de táxis MR disponíveis é reduzido, como comprova a “taxa de ocupação muito elevada” das viaturas licenciadas. Por isso, defende incentivos à utilização de viaturas adaptadas na exploração das licenças comuns já ativas, ao que a central Autocoope/Cooptáxis acrescenta o alívio dos custos de adaptação e manutenção destes veículos, que são “elevados”.

A título de exemplo, os nove táxis adaptados que a Autocoope/Cooptáxis tem a funcionar em Lisboa responderam, em janeiro de 2025, a 248 serviços, numa média de 28 serviços por carro. “A quantidade atual de viaturas adaptadas não consegue dar resposta à crescente procura”, constata a empresa.

*Por Sofia Branco (texto) e André Kosters (foto), da agência Lusa


Fonte: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/mobilidade-reduzida-obstaculos-nos-transportes-publicos-sao-uma-constante-para-cesaltina-gerson-e-ruben?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques

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Ainda não recebeu a pensão de reforma este mês? Segurança Social diz que “problema de processamento” com um banco será resolvido hoje

Por Executive Digest 11:45, 8 Abr 2025



Vários pensionistas da Segurança Social ainda não receberam a pensão relativa a abril, apesar de o pagamento estar habitualmente disponível nas contas bancárias logo nas primeiras horas do dia 8 de cada mês. A situação está a gerar preocupação entre os beneficiários, sobretudo entre os que vivem sozinhos e não conseguem confirmar se o atraso é generalizado ou um problema individual.

Maria do Rosário Gama, presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados, afirmou à TSF que têm sido reportadas várias reclamações desde a manhã desta segunda-feira. “Hoje tivemos reclamações de pessoas que ainda não receberam a sua pensão, como é costume, e isto é um alarme para as pessoas que estão nessa situação. Não é geral, há quem tenha recebido, mas também há pessoas que não receberam”, sublinhou, salientando que a ausência do pagamento provoca ansiedade e incerteza entre os pensionistas.

A responsável referiu ainda que muitos tentaram, sem sucesso, contactar a Segurança Social para obter esclarecimentos. “Já tentámos a Segurança Social Direta e ninguém nos atende”, acrescentou, referindo a dificuldade em obter respostas rápidas numa situação que, para muitos, é crítica.

Governo garante que não há atrasos nos pagamentos
Perante as queixas, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reagiu em nota enviada à TSF, negando que exista qualquer atraso da parte da Segurança Social nos pagamentos. “Não há atrasos no pagamento das pensões”, garantiu o ministério liderado por Maria do Rosário Palma Ramalho.

De acordo com a mesma nota, o problema está relacionado com “um problema de processamento com um dos bancos”, sem que tenha sido especificado qual. O banco em causa terá admitido que o problema deverá ser resolvido até ao meio-dia de hoje.






Fonte: executivedigest.sapo.pt                       Link: https://executivedigest.sapo.pt/noticias/ainda-nao-recebeu-a-pensao-de-reforma-este-mes-seguranca-social-diz-que-problema-de-processamento-com-um-banco-sera-resolvido-hoje/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
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