ergometrica

Liftech

Rehapoint
Autopedico

Invacare

TotalMobility
Tecnomobile

Anuncie Aqui

Anuncie Aqui

Últimas Mensagens

Páginas: 1 ... 8 9 [10]
91
No próximo dia 20 de março, será votada uma proposta do Bloco de Esquerda sobre a criminalização da esterilização forçada de pessoas com deficiência.
Em virtude desta proposta, no dia 14 de março às 16h, o Bloco de Esquerda vai organizar uma audição pública no Parlamento, intitulada “Pelo Fim da Esterilização Forçada de Pessoas com Deficiência - Uma Questão de Direitos Humanos”.
Nesta sessão, realizada no Parlamento, pretende-se debater o tema e contar com o contributo de todos na defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
O CVI estará presente, na pessoa da sua presidente Diana Santos, e convida todos a juntarem-se a nós.

A sessão é aberta, bastando inscreverem-se através do formulário.




https://docs.google.com/.../1FAIpQLSfTVOFAu9bsD7.../viewform
Participem e partilhem!



Fonte: Facebook VI
92
Olá, estranhamente no meu caso foi relativamente rápido...
Recebi o AMIM em finais de janeiro, e fiz logo o pedido para a PSI (2/02), e tive o deferimento a 27/02 (isto em 2025), mas tive resposta por parte do e clic, sobre o preenchimento dos requerimentos (embora vago, respondiam... Para um miúdo com dificuldades de comunicação e interpretação, não foram as melhores respostas, mas lá me safei sozinho)...
Mas ainda não recebi o dinheiro... Já enviei mensagem para o e clic, isto no dia 7 de março, e ainda sem resposta e sem dinheiro (10/02)...
A sorte é que sou dependente dos meus pais, então o dinheiro não faz falta realmente, mas fico a pensar naqueles que não têm a mesma sorte que eu...


Boa tarde Afonsois,
Podes ir acompanhando o estado da situação na tua área de beneficiário na SSD "Segurança Social Direta" no entanto este processo costuma demorar um pouco, mas não te preocupes irás receber retroativos desde 27/02/25.

https://app.seg-social.pt/sso/login?service=https%3A%2F%2Fapp.seg-social.pt%2Fptss%2Fcaslogin

Cumpts.
Nandito
93
Noticias / Re: AINDA A PRESTAÇÃO SOCIAL PARA A INCLUSÃO
« Última mensagem por Afonsois em 10/03/2025, 14:08 »
Regulus, e o que fizeste quando ocorreu esse atraso?
Já tenho a PSI deferida, mas ainda não recebi o dinheiro, não sei se tem alguma coisa haver com ter sido deferida apenas no dia 27/02...
94
Olá, estranhamente no meu caso foi relativamente rápido...
Recebi o AMIM em finais de janeiro, e fiz logo o pedido para a PSI (2/02), e tive o deferimento a 27/02 (isto em 2025), mas tive resposta por parte do e clic, sobre o preenchimento dos requerimentos (embora vago, respondiam... Para um miúdo com dificuldades de comunicação e interpretação, não foram as melhores respostas, mas lá me safei sozinho)...
Mas ainda não recebi o dinheiro... Já enviei mensagem para o e clic, isto no dia 7 de março, e ainda sem resposta e sem dinheiro (10/02)...
A sorte é que sou dependente dos meus pais, então o dinheiro não faz falta realmente, mas fico a pensar naqueles que não têm a mesma sorte que eu...
95
“Choc Choc Chocolate” é o doce sabor da inclusão em Coimbra

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 dias atrás em 03-03-2025



Imagem: Nuno Ávila - CMC / Facebook

Trata-se do novo espaço de fabrico de chocolates e sobremesas da Associação de Famílias Solidárias com a Deficiência (AFSD).

A cerimónia decorreu na sexta-feira, 28 de fevereiro. O “Choc Choc Chocolate” resulta de
um projeto apresentado pela instituição e que foi financiado pelo BPI Fundação La Caixa.

Na prática, permitiu a capacitação de 8 utentes com multideficiência na arte de trabalhar com chocolate, sempre com o acompanhamento e supervisão da monitora Elsa Pires.

Durante este período, a instituição tem vindo a estabelecer parcerias com várias entidades da cidade, no sentido de instalar pontos de venda/recolha para os seus bombons e outros produtos próprios confecionados na sua chocolataria.

Tal como em todos os projetos desenvolvidos pela AFSD, a Choc Choc Chocolate pretende envolver a comunidade e evidenciar que as pessoas com deficiência, apesar das suas limitações, são extraordinárias, com muitas capacidades, uma vontade incrível de viver e muito para partilhar.

Para encomendas contacte: 239448310



Fonte de imagem: noticiasdecoimbra.pt





Fonte: noticiasdecoimbra.pt                    Link: https://www.noticiasdecoimbra.pt/choc-choc-chocolate-e-o-doce-sabor-da-inclusao-em-coimbra/
96
Inclusão chega a “Bomporto”

Por Bruna Pinto Lopes 
09/03/2025




A Bomporto- Cooperativa de Solidariedade Social, instituição dedicada ao apoio de pessoas com deficiência, deu início simbólico à construção do seu novo Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI). A cerimónia, que teve lugar no passado dia 22 de fevereiro, no Castêlo da Maia, contou com a presença de mentores da cooperativa, apoiantes, familiares e amigos, que se uniram para plantar uma árvore «símbolo de resiliência, renovação, crescimento e vida» referiu a instituição.





Com o terreno cedido pela Câmara Municipal da Maia à Bomporto em 2013, com cerca de 15200m2 em Cidadelha, Maia, pretende-se prestar apoio a quatro grupos com carências específicas, a que correspondem as quatro valências ou modalidades previstas: Lar Residencial para 24 utentes, Centro de Atividades Ocupacionais para 30 utentes com valência produtiva; Centro Profissional/ emprego protegido e Pavilhão Polivalente (ginásio) para atividade desportiva.

A envolvente é ajardinada, com condições de acessibilidade a pessoas portadoras de deficiência e com mobilidade condicionada. No futuro próximo serão também implementados um Circuito de manutenção aberto à população e uma Quintinha de produção biológica.

O CACI, com um investimento superior a 1,6 milhões de euros, visa dar resposta à escassez de serviços sociais destinados a cidadãos com deficiência, com um grau de incapacidade igual ou superior a 50%. Este projeto, que surge da necessidade de garantir um futuro mais inclusivo e digno para pessoas com deficiência, está a ser concretizado com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e da Câmara Municipal da Maia.

A obra, que está a cargo da empresa Edilages S.A., tem um prazo de execução de 19 meses e promete ser um marco importante para a comunidade local e para as famílias que necessitam de apoio especializado. A construção do CACI será um passo fundamental para garantir um futuro mais inclusivo e acessível para todos.

A Bomporto, fundada por um grupo de pais, a 13 de julho de 2009, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social reconhecida desde outubro do mesmo ano.

Desde a sua fundação, a cooperativa tem trabalhado de perto com as famílias de crianças e jovens com deficiência, com o objetivo de promover a inclusão e a melhoria das condições de vida destes cidadãos.






Fonte: jornaldamaia.pt                    Link: https://www.jornaldamaia.pt/inclusao-chega-a-bomporto/
97
Associação relembra que é obrigatório criar estacionamentos para pessoas com mobilidade reduzida

Andreia Dias Ferro
07 mar 2025 11:57




A Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais – IPSS - Associação Sem Limites emitiu um comunicado em que relembra que é obrigatório criar estacionamentos para pessoas com mobilidade reduzida portadoras do dístico de estacionamento.

A associação deixa as indicações necessárias sobre estes lugares, uma vez que diz estar a receber vários pedidos de informação, por parte de entidade públicas e privadas, que querem cumprir com essa obrigatoriedade.

Estes lugares devem ter uma largura útil não inferior a 2,5 metros, possuir uma faixa de acesso lateral com uma largura útil não inferior a 1 metros, ter um comprimento útil não inferior a 5 metros, e estarem localizados ao longo do percurso acessível mais curto até à entrada/Saída.

Além disso, de acordo com o o DL Nº 163/2006 de 8 de Agosto, o número de lugares reservados para pessoas com mobilidade reduzida deve ser de um lugar em espaços de estacionamento com uma lotação não superior a 10 lugares; dois lugares em espaços de estacionamento com uma lotação compreendida entre 11 e 25 lugares; três lugares em espaços de estacionamento com uma lotação compreendida entre 26 e 100 lugares; quatro lugares em espaços e estacionamento com uma lotação compreendida entre 101 e 500 lugares; e um lugar por cada 100 lugares em espaços de estacionamento com uma lotação superior a 500 lugares.

Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais – IPSS - Associação Sem Limites






Fonte: dnoticias.pt                       Link: https://www.dnoticias.pt/2025/3/7/440763-associacao-relembra-que-e-obrigatorio-criar-estacionamentos-para-pessoas-com-mobilidade-reduzida/
98
Vai haver um comprimido para fazer os cães viverem mais anos

The Next Big Idea
Marta Amaral
9 mar 2025 08:08



The Next Big Idea

A esperança média de vida de um cão varia entre os 10 e os 13 anos, dependendo do porte, uma realidade que para muitas pessoas é curta demais.

E se o nosso melhor amigo pudesse viver mais tempo? Este é o desejo de muitos que gostavam de ter o seu cão por perto durante muitos mais uns anos.

Foi a pensar nestas pessoas que nasceu a Loyal em 2019 – uma startup americana focada na longevidade canina e que acaba de angariar 22 milhões de dólares, somando agora um total de 150 milhões de dólares.

O primeiro produto da Loyal já seguiu caminho e espera aprovação. Chama-se LOY-002 e trata-se de um comprimido para cães com 10 anos ou mais e peso acima de 6,3 kg.

O medicamento atua na disfunção metabólica, um dos principais fatores do envelhecimento, reduzindo o risco e a gravidade de doenças relacionadas com a idade dos cães. O LOY-002 já cumpriu a exigência da FDA (a agência norte-americana da saúde) de “expectativa razoável de eficácia”, um passo importante rumo à aprovação.

A startup canina, não quer ficar por aqui, está também a desenvolver dois novos produtos o LOY-001 e o LOY-003, o primeiro é uma injeção de longa duração e o segundo um  comprimido diário. Estão a ser pensados principalmente para o uso em cães de raças grandes, que costumam viver metade do tempo de cães mais pequenos.

Assim que estes produtos estiverem aprovados pela FDA, a Loyal quer começar a comercializá-los através de prescrições veterinárias.

A CEO da Loyal, Celine Halioua acredita acredita que sim: “Os cães e os seus donos compartilham fatores ambientais e, às vezes, até a mesma dieta. Isto significa que as doenças do envelhecimento podem ser semelhantes. Por isso, estudar o prolongamento da vida dos cães pode trazer insights para a longevidade humana”.

Os americanos gastaram no ano passado cerca de 150,6 mil milhões de dólares com os seus cães, o que leva a que muitas startups estejam a atrair-se cada vez mais pelo tema da longevidade e da saúde animal.

Prova disso são os casos de sucesso como:

- A Embark, especializada em testes de DNA para cães e que já levantou 94 milhões de dólares e lançou uma linha de suplementos para saúde
   canina.
- A startup alemã Mammaly que aposta exclusivamente em suplementos para renovação celular e proteção contra doenças.
- A MavenPet startup nacional que criou uma coleira inteligente para a deteção precoce de problemas de saúde em animais.
- A Barkyn um serviço nacional de subscrição para animais de estimação que integra alimentação personalizada e veterinário à distância.






Fonte: 24.sapo.pt                      Link: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/vai-haver-um-comprimido-para-fazer-os-caes-viverem-mais-anos?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
99
Olho por olho… ou olho por dente? Cirurgiões querem restaurar visão de três doentes com implantes… invulgares

Por Executive Digest 17:00, 9 Mar 2025



Pela primeira vez no Canadá, a visão de três canadianos foi recentemente restaurada com recurso a uma técnica inédita no país da América do Norte: a cirurgia “dente no olho”, que tem sido muito bem-sucedida noutros países, foi realizada recentemente no Hospital Mount Saint Joseph, em Vancouver, em três pacientes com cegueira da córnea grave.

A córnea é a camada externa clara na frente do olho que permite que a luz entre e seja focada: em pessoas com cegueira da córnea, essa camada está marcada, afetando a sua transparência e, portanto, a sua capacidade de ver.

O procedimento, conhecido no meio como osteo-odonto-ceratoprótese, recorre ao dente do próprio doente para criar um implante de lente personalizado para pessoas que sofrem de cegueira grave da córnea, em que apenas a superfície do olho está danificada, deixando a retina e os nervos óticos intactos — uma doença causada, muitas vezes, por cicatrizes conjuntivais.

A cirurgia ocorre em vários estágios. O primeiro passo é duplo: primeiro, a remoção da córnea do paciente e qualquer tecido cicatricial, substituído por tecido retirado da bochecha. Também envolve a criação do implante do paciente, ou seja, a extração de um dos dentes, que é raspado num retângulo com um orifício que segurará uma lente ótica plástica. O dente criado é então colocado dentro da bochecha do paciente, onde fica por cerca de três meses para desenvolver novos tecidos e um abastecimento de sangue.

Num segundo passo, os cirurgiões removem o implante da bochecha e colocam-no no olho, onde a lente plástica permite a luz, restaurando a visão do paciente. “É como substituir o para-brisas de um carro quando está totalmente fosco”, disse Greg Moloney, que liderou as cirurgias, ao ‘Vancouver Sun’. O procedimento não é completamente livre de riscos, apontou o especialista, mas “não há risco de rejeição, porque estamos a usar parte do corpo do próprio paciente”.


O trio de pacientes deve passar pela segunda cirurgia ainda este ano. Um desses pacientes, Gail Chapman, foi o primeiro a receber a cirurgia inicial e espera que o procedimento possa significar para o seu futuro. “Não me vejo há 10 anos. Se tiver sorte o suficiente para recuperar a visão, haverá coisas maravilhosas para ver.”

O método não é novo, no entanto. Foi desenvolvido o início dos anos 60 pelo oftalmologista italiano Benedetto Strampelli, mas tem sido pouco usado ao longo dos anos. Embora a cirurgia acarrete alguns riscos, tem uma elevada taxa de sucesso nos 10 países onde foi realizada: um estudo italiano de 2022 concluiu que 94% dos doentes mantiveram a visão mesmo 27 anos após a cirurgia.



Fonte de imagem: executivedigest.sapo.pt 





Fonte: executivedigest.sapo.pt                      Link: https://executivedigest.sapo.pt/noticias/olho-por-olho-ou-olho-por-dente-cirurgioes-querem-restaurar-visao-de-tres-doentes-com-implantes-invulgares/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
100
Animais de raças autóctones são monumentos a preservar numa quinta de Coimbra

Lusa
9 mar 2025 17:56




Na Quinta do Zorro, em Coimbra, trabalha-se desde 2017 com raças portuguesas ameaçadas. Numa colina íngreme na zona rural de Coimbra, porcos, galinhas e cabras autóctones são vistos como monumentos genéticos a precisar de preservação.

Tudo começou um pouco por acaso, quando Paulo e Elisabete Serra decidiram pegar em terrenos da família que estavam abandonados, numa zona de grande declive junto à fronteira entre Coimbra e Penacova, na localidade do Zorro.

A ideia inicial seria pôr apenas galinhas: "Nem sabíamos que havia raças autóctones", conta Elisabete à agência Lusa.

Na pesquisa, depararam-se com informação sobre as quatro raças portuguesas, todas elas ameaçadas, e decidiram apostar nessas galinhas (amarela, pedrês, preta lusitânica e branca).

Para ajudar na limpeza dos terrenos, juntaram depois umas cabras serpentinas, também ameaçadas, e, mais tarde, chegou o porco malhado de Alcobaça, espécie considerada em risco de extinção.

Se, ao início, Paulo Serra ainda dividia o trabalho da quinta com o seu emprego a vender e desenhar cozinhas, com a pandemia passou a dedicar-se por inteiro ao projeto, enquanto a mulher mantém a sua profissão no serviço médico-veterinário da Câmara de Coimbra.

Paulo não se arrepende de ter trocado aa venda de cozinhas por dias sem férias, nem folgas, ora com o rebanho de cabras pela Serra do Carvalho, ora a tratar das galinhas e dos porcos.

Apesar disso, admite que a escolha de raças autóctones torna o projeto mais difícil, mais duro e cheio de portas fechadas.

"Se trabalhar na agricultura é difícil, trabalhar da forma como nós trabalhamos ainda é mais difícil, porque as raças autóctones têm uma série de condicionantes, nomeadamente o crescimento lento", aponta.

Além da escolha de raças com menor capacidade de produção, há também o respeito pela ordem natural das coisas na Quinta do Zorro: os porcos não ficam fechados, as cabras alimentam-se do pasto e, chegando o inverno, aceita-se que as galinhas deixem de pôr ovos (uma luz na capoeira bastaria para as induzir ao contrário).

Há ainda uma especial atenção por cada animal, sempre preocupados com o seu bem-estar.

"Tentamos fazer tudo para que os animais, enquanto estão na quinta, tenham as melhores condições possível e possam ter uma vida digna", disse Paulo Serra, que falou à Lusa junto ao Mondego, onde vigia o rebanho de cerca de 50 cabras serpentinas que comiam a erva de um campo de futebol abandonado.

Apesar de ter abraçado por completo o projeto, Paulo Serra admite que todos os dias é um desafio.

Em 2024, perderam cerca de 200 galinhas -- a grande maioria do efetivo - em ataques de saca-rabos e raposas, que se aproximaram das povoações face aos incêndios.

Neste momento, ainda estão a tentar reerguer-se das perdas e a alterar alguns procedimentos. Tiveram de fortificar as cercas e as galinhas passaram a estar fechadas à noite, tendo ainda outras formas de segurança, como uma fraca (galinha de Angola) num dos bandos -- funciona como um ruidoso alarme ao mínimo sinal de ameaça -- e gansos, uma espécie de cães de guarda.

Além disso, há todo um caminho ainda a ser feito para a valorização das raças autóctones.

Se no caso dos porcos ou vacas há algumas raças portuguesas afamadas, nas galinhas o mesmo não acontece, apesar de a carne ser "completamente diferenciada", nota Paulo, contando que em 2024 levou uns galos para serem provados por chefes de cozinha no evento Coimbra Região Gastronómica e ficaram rendidos.

"Os chefes até poderiam querer fazer encomenda, mas nós não podemos comercializar", lamentou.

Ao contrário dos porcos e das cabras, o matadouro mais perto para aves fica em Torres Vedras, tornando impossível a comercialização de galinhas para alimentar um setor da restauração cada vez mais atento a produtos diferentes.

"Está tudo direcionado para a grande produção. E deveria haver mecanismos para os pequenos produtores conseguirem comercializar", lamenta.

A história de todas as raças que criam é praticamente a mesma: perderam preponderância para animais estrangeiros com maior capacidade de produção. O porco malhado de Alcobaça é um bom exemplo disso mesmo -- seria a raça mais comum na região Centro, usada para o leitão assado, mas não conseguiu competir com raças de fora.

"Se posso ter um porco que produz 17 ou 20 leitões descarto aquele que dá oito ou nove", disse Paulo.

Na quinta, estão rendidos a esta raça pouco conhecida.

"Eu costumo dizer que tenho cães gigantes", conta o produtor.

Mais tarde, atesta a simpatia dos porcos, que o rodeiam assim que os chama e que se deliciam com as festas que lhes dá no lombo.

Além do bem-estar animal, há também um cuidado com o património genético.

Paulo Serra apenas critica as "muitas paredes e muitos muros" que condicionam a vertente do negócio, que neste momento ainda não é sustentável.

"Não se pode comparar uma exploração deste género com uma produção intensiva. As coisas deviam estar adaptadas a cada caso, mas as regras e exigências são iguais para pequenos ou grandes produtores", acrescentou Elisabete.

Paulo aponta para a falta de apoios diferenciados para quem aposta nestes animais, todos eles ameaçados.

"Nós não preservamos um monumento. Isto não é uma igreja, mas é um monumento vivo, é uma história e nós temos esse papel de a preservar. São as raças que temos e que as pessoas nem conhecem", vincou.

Entretanto, mantêm-se na luta firme de preservação destas raças, num projeto em "construção há muito tempo", com vários reveses, mas feito com "muito amor e respeito" pelos animais, à espera de dias melhores e de menos portas que ainda teimam em estar fechadas.


*** João Gaspar (texto) e Paulo Novais (fotos), da agência Lusa ***

JGA // SSS

Lusa/Fim






Fonte: sapo.pt                        Link: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/animais-de-racas-autoctones-sao-monumentos-a-_67cdd7663a3ffa7486c63e3d
Páginas: 1 ... 8 9 [10]


Anuncie Connosco Anuncie Connosco Anuncie Connosco Anuncie Connosco Anuncie Connosco


  •   Política de Privacidade   •   Regras   •   Fale Connosco   •  
     
Voltar ao topo